SEIS CORDAS (por Presentación Gonzalez)
A idéia do seis cordas nasceu em mim e foi abraçada por Gil Santana.
Uma tentativa, que se mostrou frutífera, de aproximar o flamenco (essa cultura tão “distante” de nós) de todas as outras artes e manifestações. Assim, unimos o samba, o chorinho, a música da zona da mata, o violão clássico, o teatro e o flamenco.
Quando nasceu a idéia e nos reunimos pela primeira vez, a única pergunta que rondava todas as seis cabeças era a de como faríamos isso. De reunião em reunião, de ensaio em ensaio, fomos descobrindo (ou foi ficando cada vez mais claro para mim) que o maior entrave estava em mim mesma. Todos ali chegavam com seus instrumentos: o bandolim, o violão, a escaleta, o triangulo, a voz....e eu me perguntava sempre: como eles conseguem se manifestar tão simplesmente...
E, então, nasceu. Simplesmente me permiti ir. Esse foi o grande ganho do Seis Cordas. E o flamenco se desvelou arte, instrumento, manifestação que em tudo se encaixa e que em tudo pode se manifestar. Mais flamenco impossível, meu instrumento se apresentou: eu mesma! Meus pés, minhas mãos, meu corpo...
O show teve uma receptividade muito maior do que esperávamos. Superou nossas expectativas. Outros experiências virão.
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